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domingo, 29 de janeiro de 2012

CUIDADOS COM ROSAS

 

Podas

Rosa 
 
Podar envolve a remoção de qualquer rosa danificada, doente ou morta, para aprimorar a aparência, estimulando o crescimento e o controle de pestes e doenças. Podar de um jeito impróprio ou erroneamente poderá afetar a floração e o crescimento. O "como e quando" de cortá-las é determinado pelo tipo da mesma. Aqui irei dar alguns passos básicos para aparar sua rosa.
As plantas estarão prontas para serem podadas quando o arbusto começar a ficar sem folhas, ou então com algumas folhas durante a estação de inverno. Use uma faca afiada ou tesouras de poda e lembre-se de que deverá cortá-las aproximadamente a um centímentro abaixo do botão de rosa. Remova todas os cabinhos velhos, doentes ou danificados. Tire fora os caules que atravessam direto ao centro e reduza o centro da planta.
Reduza em 1/3 a parte crescida  na última estação. Os cortes finais ajudam a determinar a forma da planta. Depois que limpar o resto da sujeira na planta, cheque se há insetos ou algum tipo de doença.

Fertilização

Ainda que algumas roseiras possam florescer sem fertilização, elas precisam dos nutrientes para chegar ao máximo de sua performance. Então, para isto se torna necessária a aplicação de fertilizantes de sua preferência. Os três nutrientes básicos para um crescimento saudável de qualquer tipo de planta são: Nitrogênio, Fósforo e Potássio.
Não fertilize novamente as rosas até que os botões floresçam. Se você quer evitar usar fertilizantes químicos, pode tentar as seguintes alternativas orgânicas: Torta de mamona, farinha de ossos, esterco curtido, cinzas sem sal, compostos orgânicos, emulsão de peixe (adubo feito com água de aquário mais resto composto de peixes de água doce), adubo comum, húmus de minhoca, alga marinha ou adubo vegetal. Se você for utilizar fertilizantes químicos, deverá seguir as instruções de aplicação e dosagem na embalagem do produto.
Para fertilizantes químicos: Somente aplique fertilizante quando observar novos desenvolvimentos em sua rosa. Depois faça uma segunda aplicação somente quando a rosa começar a brotar, então aplique uma fertilização final depois de dois meses.

Irrigação

Rosa 
 
A quantia e a freqüência de irrigação irão depender to tipo de solo, tamanho do arbusto, e da precipitação pluviométrica de sua área. Se você vive em uma área empoeirada, deverá limpar as folhas de sua rosa pelo menos uma vez por semana (você irá fazê-las um grande favor!), e isso também ajuda a retirar pequenos insetos que grudam debaixo das folhagens. Alguns outros tipos de rosas precisam de irrigação toda manhã, mas evitando que deixe cair gotinhas de água nos botões e na folhagem, e providenciando forração na base de sua planta, para que o solo segure a umidade.
O uso da forração em volta das roseiras ajuda a deixar o solo umedecido, e também atrasa o crescimento das ervas daninhas. A forração pode ser feita de muitos materiais, como: Pedaços de madeiras, palhas ou grama seca recortada em pedacinhos. Materiais decorativos como madeira dura retalhada, casca de pinus, casca de coco podem ser usadas também. Quando aplicar qualquer forração, não amontoe na base dos caules, e sim espalhe por todo o vaso, com mais ou menos 3,4 centímetros de espessura (Sempre recoloque caso precise!).

Pragas e Doenças

Insetos e doenças nas folhagens poderão afetar suas rosas. Existem três tipos de problemas, a saber: Fungos, poeira e ferrugem. Para os fungos, você deverá limpar perfeitamente os restos de folhagem velha caídas durante as podas, e pulverizar com um fungicida que você tenha preferência.
O saneamento do jardim é a melhor maneira de acabar com a ferrugem que pode surgir em suas folhas e pode ser controlada com fungicida. Insetos e ácaros, como pulgões, tripes, besouros, larvas, moscas, lagartas e vermes, também causam problemas em suas plantas. Os Ácaros são os que mais causam danos às rosas. Os inimigos naturais dos ácaros e muito bem recomendados são as joaninhas. Elas comem os pulgões, que consequentemente poderiam deixar suas flores murchas e deformadas. Os pulgões gostam de sugar a seiva das plantas, e produzem uma excreção levemente doce que atraem formigas, outras inimigas das plantas.
Para um melhor controle de besouros, lagartas e vermes mate-as manualmente usando luvas. Os tripes deformam as pétalas das rosas. Para controlá-las use inseticida debaixo das pétalas, fazendo uma certa cobertura para todas as pétalas e botões abertos. O controle é fácil e a prática da prevenção, com o uso regular dos produtos adequados, controla a maioria dos problemas com fungos, ácaros e insetos.

MANUNTENÇÃO DE JARDINS CONDOMINIAIS

Jardim de Condomínio


A manutenção do jardim de um condominio pode sair mais barato do que se imagina. Sem dúvida nenhuma que ao deixar o jardim abandonado, algumas plantas podem-se perder, o mato pode tomar conta do gramado e dos canteiros, entre outros problemas.
Uma manutenção mensal para um jardim com aproximadamente 500m², sai por volta de R$ 250,00 a R$ 300,00 (dependendo das espécies utilizadas). Uma reforma nesta mesma área pode chegar a R$ 3.000,00, sem contar que após a reforma, obrigatoriamente será necessária a manutenção.
O jardim deve ser regado de duas a três vezes por semana intercalando os dias e de maneira uniforme. Recomenda-se aquele bico para mangueiras, estilo "chuveirinho".
Zelador e faxineiros também podem dar uma mãozinha, retirando os matos que crescem rapidamente e recolhendo as folhas secas.

Jardim de Condomínio

A grama Esmeralda é muito comum em jardins de condomínios, assim como as Azaléias, Moréias, Pingo de Ouro entre outras. Plantas como algumas Bromélias e Palmeiras requerem alguns cuidados e devem até ser evitadas, por terem alguns espinhos, podendo ferir seriamente, principalmente crianças.
Os moradores também podem colaborar, para manter o jardim sempre bonito, não jogando lixo no jardim, não pisoteando a grama e demais plantas e etc.

sábado, 28 de janeiro de 2012

CUIDADOS COM SUCULENTAS



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 Impossível não se apaixonar por elas! Fofinhas e com maravilhosas formas e cores, elas são as queridinhas do mundo das plantas.
Originárias em sua maioria de ambientes desérticos, onde predomina o clima árido e as altas temperaturas, elas desenvolveram características especiais para que pudessem se adaptar. Algumas têm uma espécie de "pêlo" nas folhas, outras uma camada de cera, ambas as coberturas previnem a perda de água armazenada nas seguintes estruturas: folhas, caules, ou ainda nos troncos e raízes.
A capacidade de armazenar água e a grande resistência faz com que elas exijam pouquíssima manutenção. Geralmente basta um substrato bem drenado, no mínimo 4 horas diárias de sol e um bom regime de regas.
Para tê-las em casa por um bom tempo, basta seguir estas dicas:
Sua suculenta pode ser plantada tanto no vaso plástico como no de cerâmica, mas tenha sempre em mente que o plástico vai exigir um número menor de regas, pois ele não absorve a água como o de cerâmica, e consequentemente, permanece mais tempo molhado.
Aumenta o aproveitamento dos adubos colocados no solo, principalmente os NPK, pois as plantas terão maior capacidade de absorção.
Use um substrato bem drenado. Existem muitas recomendações de substrato, você pode encontrar uma que dê melhores resultados. Para isso teste em casa com suas mudinhas:
  • Sugestão 1:

    • 1 parte de terra vegetal
    • 2 partes de areia grossa
  • Sugestão 2:

    • 1 parte de terra vermelha
    • 1 parte de húmus de minhoca
    • 1 parte de areia grossa
    • 1 parte de carvão vegetal moído
As regas devem ser cuidadosas, uma vez por semana no verão, de maneira abundante, e uma vez a cada quinze dias no inverno. Não use pulverizadores para não formar um ambiente úmido em torno das plantas. Essa é só uma sugestão – você descobre a medida – se perceber que suas plantas estão murchando, aumente gradativamente a quantidade de água, caso as folhas da base começarem a apodrecer, diminua.

suculenta 
 
Não adube excessivamente seus vasos. O excesso de nitrogênio faz com que as plantas cresçam exageradamente e fiquem muito suculentas. A planta fica estiolada (comprida e magrinha) e com as portas abertas para o aparecimento de doenças.
Use 1 colher de café de NPK 10-10-10 a cada mês nos vasinhos e elas se manterão bonitas. Use também farinha de osso (1 colher de chá/vaso) uns 2 meses antes da floração.
Deixe seus vasinhos ao sol, a maioria das suculentas gosta dele. As plantas que não tomam a quantidade necessária de luz ficam estioladas, tem sua aparência descaracterizada, a cor fica pálida e elas começam a apodrecer na base. Sempre observe o desenvolvimento e pesquise sobre as necessidades da sua planta, só assim ela vai ficará sadia e poderá oferecer toda sua beleza.

CUIDADO COM O GRAMADO NO VERÃO

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No verão o gramado cresce  a uma velocidade extraordinária e, para que se mantenha saudável e bonito alguns cuidados devem ser tomados.
O primeiro passo é fazer um diagnóstico de como está o gramado. Verifique seu aspecto, homogeneidade e cor. Veja se há manchas amareladas, plantas daninhas, irregularidades e áreas com terra aparente.

Aparadores:

Aproveite para dar uma olhada no aparador e, se necessário, mande afiar as lâminas e lubrificar as engrenagens. Aparadores com as lâminas cegas mastigam as folhas da grama, enfraquecendo-a e deixando-a com mau aspecto.

Corte da grama:

Tabela 1. Altura Limite
Espécie Altura
Batatais
(Paspalum notatum)
5 cm
São-Carlos
(Axonopus compressus)
3 cm
Esmeralda
(Zoysia japonica)
3 cm
Santo-agostinho
(Stenotaphrum secundatum)
3 cm
Grama-azul
(Poa pratensis)
3 cm
Grama-coreana
(Zoysia tenuifolia)
2 cm
Bermudas
(Cynodon dactylon)
2 cm
Nesta estação, mais do que nas outras, a freqüencia do corte é muito importante. Isso porque a grama cresce mais depressa, estimulada pelo calor, luz e umidade, e os efeitos da falta de corte tornam-se mais profundos e evidentes.
Não existe um intervalo de tempo ideal entre os cortes. O melhor é cortar a grama sempre que ela ultrapassar a altura limite para a espécie. Veja na tabela 1 as alturas ideais para cada tipo. Não esqueça de remover as aparas e aproveite-as para fazer compostagem.

Calcário:

Se você implantou o gramado a pouco tempo e corrigiu o solo antes do plantio, pule esta parte. Mas, se faz mais de dois anos que o seu gramado não vê calcário, faça uma análise de solo completa e corrija o pH com calcário calcítico ou dolomítico. Com a análise de solo em mãos, aproveite para corrigir macro e micronutrientes.

Ervas daninhas:

As plantas daninhas acabam com a beleza uniforme de qualquer gramado. Para evitá-las a prevenção ainda é o melhor remédio. Manter o gramado saudável e na altura correta estimula seu adensamento, evitando assim a germinação das sementes de plantas daninhas que são dependentes da luz. Da mesma forma evita-se também que as ervas já enraizadas, produzam sementes e se multipliquem. 

Gramado

Invasoras dicotiledôneas (veja o artigo sobre Monocotiledônea e Dicotiledônea), conhecidas como plantas de folha larga, podem ser combatidas com herbicidas seletivos, o mesmo não se aplica às espécies monocotiledôneas ou de folhas estreitas, já que as gramas pertencem a este grupo.
Algumas espécies de gramas são mais tolerantes a certos produtos que outras. Em qualquer caso, se for utilizar herbicidas ou outros agrotóxicos é imprescindível que você consulte um engenheiro agrônomo (aproveite e fale com ele sobre a análise de solo, além de pragas e doenças que estejam afetando suas plantas).

Adubação e reposição da matéria orgânica

Evite sempre aplicar esterco de curral não curtido ou "terra preta" de origem desconhecida como cobertura. Estes materiais contém milhares de sementes de plantas invasoras e vão contaminar rapidamente o seu gramado.
Prefira estercos bem curtidos, húmus de minhoca, areia, terra vegetal, torta de mamona, farinha de ossos e outros adubos e substratos livres de sementes. Utilize também adubos químicos, principalmente os de liberação lenta e em fórmulas próprias para gramados, com nitrogênio, fósforo e potássio balanceado, como o fertilizante Nutrigramas, ou NPK 20-10-10.

Irrigação:

Não negligencie as regas no verão, mas também não exagere. Como regra geral, irrigue sempre antes que o solo fique completamente seco, sempre pela manhã ou pela tarde, evitando as horas mais quentes do dia. Se as folhas começarem a enrolar ou ficarem marcas amassadas das suas pegadas no gramado, é sinal de que o gramado está com sede e está na hora de uma rega de emergência.
É melhor regar copiosamente em intervalos maiores, do que regar toda hora. Este manejo estimula o aprofundamento das raízes das gramíneas e as tornam mas resistentes a futuros períodos de estiagem. Há excelentes aspersores para gramado no mercado, com diversas funcionalidades e para todos os bolsos.

Sombra:

Gramado

Para aquelas áreas em que você já tentou de tudo e a grama teimou em não vingar por causa do sombreamento provocado por árvores, arbustos, muros ou construções; desista logo e opte por plantar forrações de meia sombra e sombra nestes locais. Você vai se surpreender com a beleza e a textura diferente que elas oferecem.
O verão é a época de intensificar os cuidados com o gramado, mas também é tempo de aproveitar a relva verdinha e macia para o lazer, descanso ou esporte. Cuide do seu gramado e desfrute intensamente.

INTRODUÇÃO À PODAS



No campo da jardinagem, a poda constitui uma das operações fundamentais, e consiste na eliminação periódica de uma das partes dos ramos das plantas ornamentais ou frutíferas. O corte deve ser realizado em diferentes momentos, segundo as características e a utilização das diferentes plantas, para modificar ou regular o aspecto e a floração.
As podas podem ser da seguinte maneira:
  • Espécies florais: se realizam fundamentalmente para preparar a planta para a floração seguinte, melhorando a qualidade e a quantidade, ao mesmo tempo em que mantém a planta com uma forma adequada.
  • Espécies arbustivas e de folhagem decorativa : geralmente estas espécies são utilizadas como cercas vivas. Neste caso a pode deve ser para manter a forma utilizada e desejada desde o princípio, evitando assim perder a estética. O momento mais adequado para realizar a poda não pode ser uma regra geral e única, depende das exigências de cada espécie, mas de maneira geral podemos mencionar que a época de podas corresponde aos meses de outono e começo de inverno, período em que não há atividade de produção vegetativa nas plantas.
  • Espécies frutíferas: A finalidade da poda nas espécies frutíferas é reduzir ao máximo a fase improdutiva das plantas jovens, provocar frutificações regulares, melhorar a qualidade dos frutos e modificar a forma da planta.

Razões para podar:

As principias razões que geralmente se deve ter em conta para realizar a poda são as seguintes:

  • Formação da planta
  • Melhorar a entrada de luz
  • Forçar novas brotações
  • Diminuir o ataque de pragas e doenças
  • Eliminar ramos e flores secas
  • Rejuvenescer a planta
  • Reduzir o tamanho da planta
A formação da planta é uma prática que se deve realizar para melhorar a distribuição dos ramos e para manter um tamanho uniforme das plantas. A poda de formação pode-se realizar normalmente na maioria das espécies de plantas.
Certos tipos de poda podem prover melhor entrada de luminosidade nas copas das plantas.
A indução da brotação é estimulada pela poda, assim se produzem mais ramos, portanto existe mais folhagem, o que possibilita maior florescimento da planta.
O aumento da quantidade de flores, principalmente quando se trata da produção de flores de corte, é uma das razões mais importantes para o uso das podas. Obtendo-se maior número e tamanho de flores.
A poda é uma prática cultural muito importante, que se realiza para o controle de pragas e doenças que afetam os ramos.
A eliminação dos ramos e flores secas é um método de diminuir o ataque de pragas e doenças e pode melhorar a aeração e a penetração de produtos químicos durante a pulverização.
Uma poda de rejuvenescimento (eliminação de todos os ramos velhos e secos) pode beneficiar a planta, aumentando a longevidade da mesma, melhorando as condições de sanidade, a qualidade e a quantidade de flores ao mesmo tempo em que mantêm a planta com uma forma adequada.

Tipos de Poda

1. Formação
Esta poda deve ser realizada geralmente em espécies arbustivas, melhorando a distribuição dos ramos. Ela se realiza geralmente ainda no viveiro, procurando obter a forma adequada, que logo podemos contemplar depois do plantio no lugar definitivo.

2. Rejuvenescimento

Esta poda deve ser executada em plantas com certa idade ou com problemas fitossanitários e que têm potencial de recuperação através da poda.
Neste tipo de poda, enquadra-se a poda drástica (esquelética): se deixa somente o tronco principal, tendo como conseqüência uma completa renovação da copa. Esta poda pode matar a planta e deve ser seguida de uma boa fertilização e arejamento do solo. Sua utilização é controvérsia, não sendo indicada para a maioria das espécies e deve ser utilizada com extremo critério.
3. Poda de tratamento de inverno
A poda típica de auxílio ao controle de pragas e doenças é executada no outono e inverno, também pode ser feita a qualquer momento, quando for necessária. Para o controle de enfermidades dos ramos, como cochonilhas ou fumagina, a poda de tratamento de inverno tem efeito benéfico.
4. Poda lateral
Essa poda é característica para o controle do tamanho da planta e pode ser aplicada de acordo com a necessidade, em sebes ou pomares. Também ajuda a dar mais espaço entre as plantas, aumentando a aeração e a luminosidade
.

CERCAS VIVAS



Funções das Cercas Vivas:

 

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Aqui as cercas vivas delimitam canteiros, indicam caminhos,
definem o estilo e ornamentam o jardim
Além do indiscutível efeito decorativo, as cercas vivas têm duas funções primordiais no paisagismo: delimitar espaços e proteger. Ambas as funções têm um sentido abrangente, que oferece diferentes maneiras de utilização, de acordo com a necessidade de cada um.
Podemos, por exemplo, dividir o jardim em dois ou mais ambientes, sem, no entanto barrar a visão entre os espaços. Para isto, pequenos e médios arbustos, e até mesmo ervas se prestam. Já a criação de espaços menores, através da utilização de cercas vivas mais altas, favorece a intimidade e a introspecção, permitindo o uso da área para um longo bate-papo ou uma tranqüila meditação.
A privacidade, o conforto e a segurança são os anseios mais freqüentes quando se pensa em utilizar cercas vivas, seja em jardins residenciais, como em indústrias ou fazendas. Como foi citado anteriormente, a função de proteger é bastante ampla e desta forma podemos aproveitar as características das cercas vivas para nos oferecer a privacidade, o conforto e a segurança que tanto almejamos.


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Cercas vivas mais altas oferecem privacidade e conforto
ao barrarem a poeira, o vento e ruídos.
Assim, uma sebe alta e compacta, protege com eficiência uma área com piscina contra olhares curiosos. Da mesma forma, cercas vivas largas e espessas formam uma forte barreira contra ventos, ruídos, e poeira. Já os arbustos espinhosos se prestam para manter invasores afastados e atém mesmo para coibir a fuga de animais maiores da propriedade, como bois ou cabras.
As cercas vivas são apropriadas também para esconder áreas ou estruturas feias no jardim, tais como: casas de máquinas, pequenos depósitos, composteiras, muros, lixeiras, etc.
O profissional paisagista deve saber explorar as funções básicas das cercas vivas, criando efeitos secundários, como orientar os pedestres pelos caminhos, destacar áreas ou elementos, atrair a fauna silvestre, adicionar movimento, textura, volume, contraste, estilo e perspectiva, entre outros aspectos não menos importantes que podem ser criados ou melhorados para o bem-estar e a satisfação dos utilizadores do jardim.


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Cercas vivas formais exigem sol pleno
Com certeza, há espécies de plantas mais adequadas a uma ou outra função. Da mesma forma, as plantas escolhidas também devem se adequar ao clima e ao tipo de solo da propriedade, assim como o estilo do jardim e o nível de manutenção que será despendido.
No final deste artigo você encontrará uma lista com sugestões de espécies para diferentes funções. Estude as diferentes espécies para a função que você deseja e escolha sempre aquelas que se adaptam às condições de sua propriedade, dando preferência às espécies nativas.

Preparo do terreno e plantio:


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Apesar da uniformidade das formas, esta cerca viva
apresenta cores diferentes por utilizar espécies ou
variedades diferentes
Uma sebe leva em média cerca de 3 a 5 anos para atingir a altura, a largura, o formato, a resistência e a densidade necessárias para desempenhar sua função. Da mesma forma, a uniformidade das plantas também é de extrema importância em uma cerca viva, pois uma única planta com falhas pode acabar com o objetivo e o visual da cerca. Assim, os cuidados adequados no preparo do terreno e plantio de cada muda são indispensáveis à formação de um renque com saúde, beleza e longevidade, além de garantir seu rápido desenvolvimento inicial.
Atente ao espaçamento entre as mudas, que varia de espécie para espécie e deve sempre ser respeitado. Um erro comum é reduzir o espaçamento entre as mudas, com o intuito de acelerar a formação da cerca. Assim, as raízes e os ramos irão se sobrepor de maneira excessiva, gerando competição por luz, água e nutrientes e prejudicando o desenvolvimento e a saúde de cada planta. Ao invés disso, é preferível adquirir mudas mais desenvolvidas e até mesmo plantas adultas, respeitando o espaçamento recomendado para a espécie.


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Uma cerca viva de ciprestes saudável em formação
A melhor época de plantio é a primavera. Pode ser adotado o sistema de linha simples ou dupla (com covas intercaladas). O plantio em linha dupla é recomendado para a formação de cercas vivas mais largas em menor tempo. Neste caso as covas são feitas intercaladas, formando um zigue-zague. No entanto, este tipo de plantio acaba por consumir maior espaço no jardim em detrimento a outras áreas. A linha simples pode ser formada por uma única valeta ou por covas alinhadas. As covas devem ter, pelo menos, o dobro do tamanho do torrão de cada muda.
A preparação do solo inclui a correção do pH e da fertilidade, realizada preferencialmente com base na análise do solo em um laboratório de confiança. O incremento de matéria orgânica e adubos nesta fase são essenciais, mas devem ser balanceadas, pois há o risco de queimarem as delicadas raízes em formação. O ideal é seguir a recomendação de adubação para cada espécie. Uma boa formulação NPK para esta fase é 04-14-08 ou se preferir adubos orgânicos, utilize farinha de ossos e terra vegetal. Não esqueça de misturar bem os compostos à terra e deixá-la descansar antes do plantio por alguns dias.


Cerca Viva


Cercas vivas com falhas perdem não só a beleza como
a função
A irrigação deve ser diária nas primeiras semanas após o plantio, dando preferência para o final da tarde ou início da manhã. Após cerca de dois meses, podemos reduzir a freqüência das regas e iniciar a adubação de arranque, que estimulará o crescimento inicial. Esta adubação, ao contrário da adubação de plantio, é de cobertura e deve conter maior quantidade de nitrogênio, como na fórmula NPK 10-10-10.
O projeto para a implantação de um bom sistema de irrigação por gotejamento no plantio da cerca viva pode ser estudado e deve ser solicitado a um profissional da área como o paisagista ou o engenheiro-agrônomo.

Podas:

 

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Cerca viva arredondada e formal
O modo, a forma e a freqüência com que os arbustos são podados, assim como a espécie escolhida vai determinar o estilo da cerca viva, que pode ser formal (formas compactas e geométricas) ou informal (formas livres e menos densas). As cercas vivas formais são apropriadas para jardins formais, como os de estilo inglês ou italiano. Elas geralmente necessitam de sol pleno, manutenção mais freqüente e arbustos de crescimento moderado, resistentes e de folhas perenes, pequenas e firmes.
Já as sebes informais são mais adequadas a jardins informais, como os de estilo tropical, rochoso e campestre. Na maioria dos casos estas cercas vivas são rústicas e dispensam maiores gastos com manutenção. Muitas vezes é preferível que cresçam completamente ao natural pois sua forma é mais bonita assim ou porque a espécie simplesmente não tolera podas.
Independentemente do estilo escolhido, as podas de cercas vivas se dividem em dois tipos: as de formação e as de manutenção. Na poda de formação estimula-se o adensamento da planta e o crescimento das gemas laterais, através da regulação do crescimento em altura da planta. Para isto a planta deve ser “treinada” desde jovem, adaptando-se gradativamente à forma final. Isto se obtém com tesouras próprias para poda, reduzindo-se os ramos muito viçosos e aparando ramos alongados que se destacam na folhagem.


Cerca Viva


Bases desfolhadas acabam com o visual das cercas vivas
Na poda de manutenção, além da forma básica que se deseja obter é importante atentar que a região inferior da planta não fique na ausência de luz. Este erro é mais comum do que parece e sua principal conseqüência é o surgimento de bases desfolhadas, com falhas e muitos ramos mortos ou doentes. Este problema acontece principalmente quando se submete à forma quadrada ou redonda formal sem considerar que a parte superior sempre crescerá mais que a inferior, pois tem mais acesso à luz. O quadro 1 ilustra a maneira correta e incorreta de podar.
Cerca Viva
Quadro 1
Outro cuidado importante é evitar a formação de calosidades nos ramos por podas consecutivas no mesmo ponto. Estes engrossamentos dificultam a passagem da seiva, comprometendo a saúde da cerca viva. Para prevenir este problema é importante podar sempre a alguns milímetros do local da última poda.
As cercas vivas floríferas devem ser resguardadas de podas no período que antecede à floração, para que tenham a floração preservada. Cada espécie florífera tem suas particularidades quanto à época de poda que deve ser respeitada. O mesmo se aplica às cercas vivas que produzem frutos, muito embora as podas recomendadas para cercas vivas não sejam apropriadas à frutíferas, que frutificarão ocasionalmente.

Sugestões:

1. Plantas para delimitar áreas:

Cerca Viva

O buxinho é uma opção popular de arbusto longevo,
de crescimento moderado e próprio para cercas formais
 
 
    Bruxinho
    Resedá - amarelo
    Azáleia
    Clúsia
    Cruz-de-malta
    Pingo-de-ouro
    Viburno
    Abélia
    Gardênia
    Hortência
    Ixora
    Ligustrinho
    Oleagno
    Nandina
    Pitósporo-japonês
    Louro-americano
    Escova-de-garrafa
    Lantana
    Fórmio

2. Plantas para barrar pó e ruídos:

    Murta
    Dracena
    Crista-de-peru
    Manacá-de-cheiro
    Malvavisco
    Caliandra
    Cheflera-pequena
    Laurotino
    Tumbérgia-erecta
    Cipreste-dourado
    Cedrinho
    Tuia-macarrão

3. Plantas para barrar ventos:

    Grevílea
    Podocarpo
    Bambu-gigante
    Pinus
    Cipreste-italiano
    Cheflera-pequena
    Kaizuka
    Palmeira-areca
    Cipreste-dourado
    Cedrinho

4. Plantas para proteger contra invasores:

    Coroa-de-cristo
    Piracanta
    Aveloz
    Primavera
    Berbéris
    Sansão-do-campo


5. Plantas floríferas:

Cerca Viva
A rosa-de-sarom é um arbusto florífero bastante ramificado
e denso, excelente para a formação de sebes floridas
 
     Camélia
    Abélia
    Resedá-amarelo
    Marmelinho-ornamental
    Manacá-da-serra
    Rosa-de-sarom
    Bela-emília
    Primavera
    Espirradeira
    Estrela-do-egito
    Gardênia
    Hortênsia
    Rosa-rugosa
    Ixora
    Abutilon
    Lantana





MINHA INCENTIVADORA

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BULBO : AS CONDIÇÕES DE CRESCIMENTO

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Há quem pense que as plantas bulbosas são difíceis de cultivar. Pelo contrário, elas são indicadas para jardineiros iniciantes por serem rústicas e fáceis de lidar. Dependendo da região, o jardineiro iniciante pode começar com canas, moréias, caládios, copos-de-leite, alpínias, lírios-do-brejo, gladíolos e dálias. É imprescindível que se pesquise quais os bulbos mais adaptados à sua região, para não correr o risco de se frustrar com os bulbos. No norte e nordeste do país por exemplo, comece com rizomas tropicais de gengibres, alpínias, canas e bastão do imperador e vá aos poucos experimentando os outros. Assim a chance de sucesso é maior.
Mas e as tulipas e os jacintos, tão bonitos e elegantes, porque é que não conseguimos mais do que uma ou duas floradas? Muitos de nós já sabemos que o cultivo de tulipas não é possível no nosso clima tropical, mas você saberia dizer o porquê? Isso acontece por que estes bulbos em especial necessitam de um período de frio chamado vernalização. A vernalização provoca mudanças químicas dentro do bulbo que permitem que ele se desenvolva com plenitude. Alguns bulbos precisam de condições específicas para que a vernalização ocorra bem. Não basta só ter frio, é preciso que seja a uma temperatura específica, constante e com umidade na medida certa e pelo tempo correto, o que é não é tão simplesmente alcançado colocando-se os bulbos na geladeira como alguns poderiam sugerir.

Tulipas

Tulipas são bulbos de clima temperado a frio
que necessitam de forte vernalização.
Um dos erros mais freqüentes no cultivo das plantas bulbosas diz respeito à profundidade com que elas são plantadas. Talvez pela ânsia de ver a planta brotar logo, ou por indicação de outra pessoa, geralmente os bulbos são plantados muito superficialmente. Quando estão novos, recém comprados e cheios de reservas não há problema, vemos flores e folhas bonitas, mas você pode crer que a próxima floração ficou comprometida, pois o bulbo não encontrou as melhores condições para o seu desenvolvimento. Portanto, o ideal é plantá-los na profundidade indicada para a espécie em questão.
Os bulbos gostam de ficar onde o solo é mais geladinho e úmido. Na dúvida, uma regrinha simples pode resolver:
- Plante os bulbos a uma profundidade de 3 a 5 vezes a sua própria altura. Não se esqueça de levar uma régua para o jardim. Hoje em dia há pazinhas com marcações de altura, ou mesmo transplantadores de bulbos, que são ferramentas práticas e úteis nesta tarefa de cavar, medir e plantar.
A maioria dos bulbos não tem uma preferência quanto ao tipo de solo. Ele pode ser arenoso, argiloso ou uma mistura destes dois. No entanto algumas espécies podem preferir um ou outro tipo específico de solo. A experiência e o aprofundamento no assunto vão lhe indicar o melhor caminho.
Apesar de aceitarem a maioria dos solos, os bulbos tem algumas exigências, quanto a porosidade, capacidade de drenagem, pH e aeração do solo. Ou seja, não pense que será só plantar em solo virgem. O solo deve ser bem trabalhado antes do plantio, pelo menos em uma camada de 20 centímetros de profundidade.
Os solos argilosos, que geralmente são pesados e compactos devem receber boa quantidade de matéria orgânica, na forma de terra vegetal, turfa, compostagem doméstica ou outro tipo de composto de folhas. Se for possível, melhore a capacidade de drenagem de um solo argiloso, elevando os canteiros onde serão plantados os bulbos.

Bulbo de Amarílis

Uma análise de solo completa é útil ao jardim todo,
não somente para os bulbos.
Com os arenosos geralmente o problema é o inverso. Eles retêm poucos nutrientes e secam muito depressa. Nestes solos, a adição de matéria orgânica tem o efeito de aumentar a retenção de água e fertilizantes. Em todos os casos, a adição de matéria orgânica também estimula o desenvolvimento de microorganismos benéficos no solo, não obstante todos os outros benefícios citados.
Os bulbos preferem solos neutros a levemente ácidos. A adição de calcário corrige um pH ácido demais, uma característica freqüente dos solos brasileiros. Esta correção deve ser feita pelo menos um mês antes do plantio, com base na análise do solo, previamente realizada. Essas análises são econômicas e simples, e podem ser solicitadas a laboratórios de análise de solo, plantas e água que são facilmente encontrados junto a Faculdades de Agronomia, e órgãos como Embrapa e Emater.
Além do índice de pH, a análise também fornece outras informações relevantes, como a textura do solo, se é arenoso, argiloso, quanto de matéria orgânica possui e quais os nutrientes que estão faltando. E por falar em nutrientes, saiba que uma fertilização de base, com um bom fertilizante granulado, preferencialmente de liberação lenta e com micronutrientes, é imprescindível para o desenvolvimento sadio e pleno das plantas bulbosas. Se preferir fertilizantes orgânicos, utilize o velho segredo de acrescentar um punhado de farinha de ossos ao buraco de plantio, para estimular intensas florações. Não esqueça de destorroar o solo e incorporar bem o composto orgânico e o fertilizante.

BULBO : COMO ESCOLHER E COMPRAR ?

Onde comprar?

Você pode comprar excelentes bulbos em garden-centers, floriculturas e pela internet. As lojas online costumam ser bem especializadas e por não necessitarem expor os produtos em prateleiras, eles ficam bem armazenados e cuidados. Além disso, este tipo de negócio depende muito da confiança e do marketing boca a boca, e costuma enviar produtos de qualidade para conquistar seus clientes. Ao comprar neste tipo de loja você tem chance de planejar sua compra no conforto da sua casa e muitas vezes pode negociar e encomendar quantidades maiores por e-mail ou telefone.
Evite adquirir bulbos em supermercados e lojas de departamentos. Mesmo que sejam de boa procedência, os bulbos nestes locais ficam mal armazenados e tendem a desidratar, apodrecer e mofar com muita rapidez. Além disso, raramente os bulbos velhos e estragados são removidos das prateleiras e dos estoques. Outra alternativa bastante duvidosa são os sites de leilão. Apesar de interessante à primeira vista, este tipo de comércio de bulbos pode apresentar uma série de irregularidades. A mais freqüente diz respeito à qualidade dos bulbos, que muitas vezes são refugos (lotes velhos ou de bulbos pequenos). Outra, também comum, é a venda de bulbos importados ilegalmente, que têm seu desenvolvimento comprometido, pois não foram aclimatados ao nosso país, e podem carrear uma série de doenças e pragas exóticas, já que não passaram pelo período de quarentena e fiscalização agrícola.

Como escolher?

Bulbo de Amarílis
 
Aperte levemente o bulbo. Perceba que
este é grande, sem brotações
e com a tunica perfeita.
Se você tiver a oportunidade de escolher os bulbos pessoalmente, use o bom senso e escolha da mesma forma que seleciona legumes e frutas. Pegue o bulbo nas mãos e verifique se está firme, pesado, sólido, sem pragas, cortes, partes amolecidas, manchadas, mofadas, com brotações pálidas e longas de raízes e folhas, ou exsudando líquidos. Leve em consideração que alguns bulbos são naturalmente mais macios, como os bulbos de mini-amarílis. Outros precisam necessariamente ser cortados, como os rizomas em geral. A túnica (casca que recobre os bulbos) deve estar íntegra de preferência.
As dálias em especial podem conter alguns tubérculos murchos e secos, que nada mais são que os tubérculos mãe que foram gerados no ano passado. Por ser necessária a preservação de uma pequena porção do caule nas dálias, às vezes não é possível remover estes tubérculos murchos do conjunto, o que não compromete a saúde geral dos outros tubérculos novos. Dálias, angélicas, alguns amarílis, alpínias, bulbines, lírios-do-brejo entre outros bulbos tropicais vêm com brotações, o que não compromete o sucesso do seu cultivo. Este fato é bem freqüente em bulbos que estão saindo do período de dormência, ou que são perenes naturalmente, ou seja, não perdem as folhas em um período do ano e permanecem em atividade vegetativa mesmo no ponto de venda. Bulbos com brotações são viáveis, mas não devem ser comprados para armazenar, eles precisam ser plantados o mais breve possível.

Quando comprar?

Gengibre-concha

Gengibre-concha: Uma bulbosa para comprar o ano todo.
Uma dúvida freqüente é sobre a época de compra dos bulbos. A resposta depende do tipo de bulbo e da região do país em que você se encontra. A maioria dos bulbos no Brasil pode ser adquirida o ano todo, pois são plantas tropicais que não precisam de período de dormência e deste modo estão sempre disponíveis no mercado. Isso inclui todo tipo de antúrio, alpínia, lírio-do-brejo perfumado, helicônia, bastão-do-imperador, gengibre ornamental, caládio, cana, moréia, trevo-da-sorte, etc. No sul do país, assim como em regiões de altitude do sudeste, é conveniente plantar bulbos tropicais na primavera e verão, para que as primeiras brotações não se ressintam com o frio. Alguns bulbos anuais são sensíveis a geadas, mas podem ser plantados mesmo assim, pois você pode protegê-los com um plástico, caso tenham brotado antes da primavera.
Bulbosas de clima subtropical, ou até mesmo algumas de clima temperado, que já estão aclimatadas ao nosso país, podem ser plantadas em regiões tropicais sem problemas. Salvo aquelas que não toleram calor excessivo, a maioria brotará e florescerá, sendo que algumas poderão perenizar, florescendo posteriormente ou não, enquanto outras vão definhar por serem anuais. A experiência é sempre válida e você não precisa abrir mão de tê-las no jardim, mas precisa aceitar o fato de algumas vão se adaptar, enquanto outras não.

Lírio-asiático

O lírio-asiático pode ter um longo período de dormência
Nos estados com inverno mais marcado pelo frio, será possível cultivar bulbos que necessitam de vernalização. Alguns bulbos, como os lírios-asiáticos, narcisos e gladíolos precisarão de mais tempo plantados para quebra de dormência, ou armazenamento em câmara fria, pois são anuais e a temperatura no inverno pode não ser suficientemente baixa para induzir uma rápida brotação. Outros, como tulipas e jacintos, permanecem sem aclimatação para nosso país, mas podem ser cultivados como anuais sem problemas.
O principal fato que devemos ter em mente é que a maioria dos bulbos podem ser comprados e plantados o ano todo. Mas algumas espécies anuais podem não brotar tão rápido, pois entram em dormência logo que são colhidos. Outros bulbos podem florescer apenas uma vez, o que significa que devem ser tratados como anuais, e serão adquiridos a cada ano, sendo descartados após a floração (ou enviados a um amigo que mora no sul). Na dúvida pesquise, se informe, pergunte, estude as espécies desejadas. Aqui não existem as regras impostas pela estações do ano nos países de clima frio, por isso pode parecer confuso à primeira vista, mas é maravilhoso. Você pode ter certeza que temos condições de cultivo e uma ampla variedade de bulbosas tropicais e subtropicais invejada por jardineiros do mundo todo.

BULBO : O QUE SÃO E QUAIS OS TIPOS ?

Amarílis

O amarílis é um exemplo de planta bulbosa
Ao se falar em bulbos, ou plantas bulbosas, nos vêm a mente belas plantas como tulipas, gladíolos, amarílis, íris, dálias, canas-de-jardim, caládios, etc. Alguns são bulbos verdadeiros, nos corretos termos botânicos, enquanto outros não. Apesar disso, em jardinagem e paisagismo, o termo bulbo é usado para descrever uma grande variedade de plantas geófitas e seus órgãos subterrâneos de armazenamento, incluindo bulbos, cormos, rizomas, tubérculos e raízes tuberosas.
Alguns destes órgãos são caules modificados, enquanto outros são raízes engrossadas. Embora sejam estruturalmente diferentes, todos os bulbos armazenam alimento para as plantas sobreviverem durante uma estação inóspita e crescerem em estações subseqüentes, ou para emitirem novas brotações, ou para se reproduzirem assexuadamente, aumentando uma população de plantas.

Bulbos

Bulbo de Amarílis
Bulbo de Amarílis
Um bulbo verdadeiro consiste de um caule e folhas adaptadas ao armazenamento. O caule é basal e comprimido em uma forma achatada ou cônica, denominada prato. Suas folhas são modificadas, suculentas e preenchidas com substâncias de reserva. Narcisos, tulipas, jacintos e cebolas são bulbos tunicados, cujas folhas são justapostas em camadas, umas sobre as outras, e as folhas mais externas ficam secas e marrons, formando uma túnica entorno do bulbo. Da base dos bulbos tunicados, surgem bulbilhos (bulbos pequenos), que podem ser separados para formar novas plantas.
Lírios têm bulbos escamosos, cujas folhas também se sobrepõem, porém de maneira mais frouxa, com textura mais suculenta e sem formar uma túnica. Neste caso, a separação delicada das escamas gera novas plantas.

Cormos

Cormo de Babiana
Cormo de Babiana
O cormo é um caule inchado e modificado para armazenar alimento. Geralmente ele é arredondado, sendo achatado na parte superior e levemente côncavo embaixo. Ele freqüentemente apresenta uma casca amarronzada, não muito diferente da túnica do bulbo verdadeiro.
Ao ser cortado, no entanto, o cormo tem um aspecto sólido. Da sua base, surgem jovens pequenos cormos, que produzirão novas plantas. Os exemplos de cormo conhecidos são o gladíolo e a babiana.

Rizomas

Rizoma de Lírio-do-brejo
Rizoma de Lírio-do-brejo
O rizoma é também um caule inchado, que cresce horizontalmente na superfície do solo ou de forma subterrânea. Das suas extremidades surgem brotações que originarão a parte aérea da planta, suas folhas e flores.
As raízes são produzidas na parte de baixo do rizoma. Novos ramos laterais são formados nas extremidades do rizoma com o passar do tempo, e estes originarão mais folhas e raízes, dando à planta um aspecto entouceirado. Esta touceira pode ser facilmente dividida formando novas plantas. O lírio-do-brejo, o gengibre e a maioria das íris são exemplos de rizoma.

Raízes Tuberosas e Tubérculos

Raiz tuberosa de Dália
Raiz tuberosa de Dália
As raízes tuberosas crescem abaixo do solo e também são ricas em substâncias de reserva, como amido e inulina. As brotações dos novos ramos surgem de um pequeno pedaço de caule remanescente junto à coroa da raiz. Se dividirmos raízes tuberosas para multiplicar as plantas, devemos sempre ter o cuidado de deixar um pequeno pedaço de caule em cada muda, pois sem ele a planta não será capaz de brotar. Durante o crescimento, o caule principal desenvolve novas raízes tuberosas para a próxima estação, enquanto que a raiz inicial murcha. Exemplos de raízes tuberosas são a batata-doce e as dálias.
Os tubérculos são caules engrossados, sólidos, suculentos, com formatos diversos, mas geralmente arredondados, que podem ser subterrâneos, superficiais ou aéreos. Eles tendem a se desenvolver nas laterais do tubérculo mãe e são capazes de originar raízes, ramos e folhas novos. Usualmente eles tendem a ficar maiores a cada estação. Exemplos de tubérculos são a batata, o ciclâmen e a begônia tuberosa.

COMO PLANTAR SEMENTE


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A produção de mudas de plantas através de sementes é tarefa geralmente simples, mas que exige alguns cuidados básicos. Ela pode ser feita em bandejas, tubetes, vasos ou saquinhos próprios para mudas. Em casa é possível aproveitar embalagens de garrafas pet, caixas de leite, latas, potes, bandejas plásticas, caixas de ovos, etc, perfazendo uma infinidade de recipientes recicláveis. O tamanho do recipiente é importante e está diretamente relacionado com o tamanho esperado da muda na época de transplante. Mudas de árvores e arbustos se desenvolvem melhor em embalagens maiores, enquanto que plantas herbáceas, como flores anuais, temperos e hortaliças, ficam bem nos menores. Recipientes de mudas podem ser reutilizados, mas é imprescindível que sejam escrupulosamente lavados e esterilizados antes de cada uso, evitando assim a transmissão de doenças entre os lotes. Algumas sementes exigem semeadura diretamente no local definitivo, pois são muito sensíveis ao transplante, como as cenouras por exemplo. Neste caso, prepare bem os canteiros e dispense os recipientes.

Sementeira

Até mesmo saquinhos feitos de jornal podem ser utilizados..
A escolha das sementes deve ser criteriosa. Elas devem possuir boa genética e serem livres de pragas e doenças. Sementes fracas e contaminadas são certeza de insucesso. Adquira sementes de empresas idôneas e responsáveis por sua qualidade, que fazem testes de germinação regularmente em todos os lotes. Escolha as sementes tendo como critério o local de origem das plantas e a estação do ano. Algumas espécies podem necessitar de frio para o seu desenvolvimento e desta forma não é indicado o seu plantio no centro-oeste, norte e nordeste por exemplo. Outras só devem ser plantadas na primavera, evitando-se as outras estações do ano.
Na maioria das vezes, quanto mais frescas as sementes, melhor é o seu poder germinativo. No entanto, muitas sementes de árvores, arbustos e plantas anuais, possuem dormência, o que faz com que o passar do tempo e das estações seja importante para a sua germinação. Essa dormência pode ser superada no caso de sementes duras de diversas árvores. Técnicas especiais de quebra de dormência, que podem incluir escarificação mecânica, imersão em água quente, ou até mesmo ácido sulfúrico, garantem germinação em tempo recorde e de maneira mais uniforme, facilitando o futuro manejo das mudas. Verifique sempre se as sementes que você está adquirindo necessitam quebra de dormência, para realizar os procedimentos corretamente, evitando frustrações futuras.

Estufa

Estufas simples podem ser construídas em qualquer cantinho.
Tenha em mente que o substrato ideal para o plantio está estritamente relacionado com o habitat da espécie escolhida. Cactáceas por exemplo, vão necessitar de um substrato mais arenoso. Plantas carnívoras preferirão turfas levementes ácidas e esfagno. Utilize substrato preferencialmente esterilizado, evitando assim que suas sementes entrem em contato com bactérias, fungos ou pragas, e desta forma apodreçam ou sejam devoradas antes mesmo de germinar. É possível comprar substratos prontos para semear, já fertilizados e esterilizados, mas a tarefa de encontrá-los pode ser difícil, então disponibilizamos uma receita simples, que deve funcionar bem na maioria dos casos:
  • 1/4 de terra comum de jardim
  • 1/4 de areia (ou vermiculita)
  • 2/4 de terra vegetal (composto orgânico)
Esterilize o solo, colocando-o no sol até secagem completa, revirando de vez em quando, perfazendo pelo menos 24 horas de solarização. Alternativamente é possível esterilizar o substrato colocando-o no forno por 30 minutos ou no microondas por 3 minutos para cada quilo de substrato.
Não utilize fertilizantes orgânicos não decompostos nesta fase, pois eles podem fermentar matando as pequenas plantas. Evite também o nitrogênio, pois pode ser muito forte para as frágeis raízes em desenvolvimento. No entanto, não abra mão de um bom fertilizante rico em fósforo e potássio, como um NPK 0.20.20, 0.30.20, ou 4.14.8, que garante raízes fortes e vigorosas, além de calcário para neutralizar o pH do substrato, evitando a toxidez por alumínio. Depois de completamente frio, adicione os fertilizantes e coloque o substrato nos recipientes (bandejas, potes, tubetes). 

Sementeira

Sementes pequenas são mais facéis de distribuir com
a ajuda de um papel dobrado.
Faça uma pequena cova e deposite de 2 a 5 sementes em cada tubete, saco plástico ou célula da bandeja. A profundidade de cada sementes deve ser calculada em função do seu tamanho e necessidade de luz para germinar. A regra geral é cobrir cada semente com substrato peneirado em uma camada com cerca de 2 a 3 vezes o seu tamanho. Algumas sementes são tão pequenas que não necessitam ser cobertas. Não esqueça de identificar cada sementeira com uma plaquinha de identificação.
Irrigue com água da torneira descansada, para evitar os efeitos danosos do cloro. A freqüência das regas deve ser o suficiente para manter o substrato úmido, sem encharcar. Se faltar água no processo de germinação das sementes, elas se desidratam e morrem. Utilize para irrigar um regador de crivo muito fino, ou até mesmo um pulverizador, evitando-se assim molestar as sementes. Após a germinação é possível reduzir gradativamente as regas, de acordo com o desenvolvimento das raízes.

Sementeira

Uma janela pode ser o local ideal para germinação. Repare
que os recipientes são biodegradáveis e não precisam
ser retirados no transplante ao local definitivo.
Mantenha em local de bastante luz, porém sem sol direto. O ideal é construir um pequeno viveiro aberto nas laterais e coberto com sombrite, para o verão e locais quentes, ou uma estufa coberta com lona branca ou transparente, para o inverno e em locais frios. Se não for possível, coloque em local que receba luz indiretamente, como uma janela pegando o sol da manhã ou da tardinha, protegido de ventos fortes.
Quando as plantas estiverem com 2 a 3 pares de folhas, faça o raleio, retirando cuidadosamente das sementeiras àquelas que forem mais fracas e doentes, deixando apenas uma em cada célula. As mudas saudáveis, retiradas durante o raleio, poderão ser repicadas (replantadas) em novos recipientes preparados. Depois que as mudas atingirem 10 cm de altura (para herbáceas e arbustos), ou 15 a 20 cm de altura (para árvores), o que se dá cerca de 30 a 45 dias após a germinação; elas poderão ser plantadas para local definitivo ou para recipientes maiores. O transplante é uma ocasião delicada, que exige mãos habilidosas. Ele deve ser realizado preferencialmente em dias nublados e úmidos, e, se não for possível este tempo, prefira transplantar à tardinha. Se efetuado de bandejas sem divisórias utilize um garfo para auxiliar.

Sementeira

A repicagem e o transplante são tarefas delicadas.
Transplantar de saquinhos e tubetes já é tarefa mais fácil, mas exige igual cuidado. Plante as mudinhas em covas bem dimensionadas, fertilizadas com 150 gramas de esterco curtido e 30 gramas de NPK 04.14.08. Misture bem os fertilizantes e estercos com a terra. Acomode a muda no centro e preencha as laterais com a terra adubada. Cuide para que o colo da muda permaneça no mesmo nível do solo. Irrigue diariamente até o perfeito "pegamento da muda", ou seja, quando ela der claros sinais de desenvolvimento. Respeite o espaçamento entre mudas e entre linhas da espécie que você estiver cultivando.

Sementeira

Uma sementeira bem preparada e identificada.
Algumas mudas podem necessitar de tutores na fase de transplante, como árvores e trepadeiras, evitando assim tombamentos acidentais enquanto não estiverem fortes e enraizadas. Proteja as mudas de formigas cortadeiras com produtos específicos para este fim.
Por fim, desejo boa sorte a todos os jardineiros que se aventurarem no plantio de sementes. O plantio das suas próprias mudas de plantas ornamentais e hortaliças é uma tarefa realmente gratificante, mas o trabalho não termina por aqui: o cuidado com as plantas deve ser contínuo, não deixando faltar água e nutrientes, fazendo a manutenção com podas e tutoramentos e resguardando-as de pragas e doenças.