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sábado, 2 de fevereiro de 2013

PROBLEMAS FREQUENTE EM LAGOS ORNAMENTAIS

 

Água Esverdeada

 

Um dos problemas mais freqüentes que ocorrem em lagos ornamentais é a água esverdeada, muito conhecida como “sopa-de-ervilha”.
Trata-se de um inconveniente que ocorre devido à presença de algas em suspensão na água. Estas se proliferam por encontrar, nessa água, um ambiente propício, devido à presença de nutrientes e luminosidade. As possíveis causas para sua ocorrência podem se resumir em:
  • Excesso de exposição ao sol;
  • Sub-dimensionamento do filtro e conseqüente depósito de detritos;
  • Superpopulação;
  • Excesso de alimentação;
  • Ração de má qualidade;
  • Má qualidade da água;
  • Explosão de algas em lagos novos ainda não estabilizados ou ‘ciclados’;
  • Carregamento de detritos por águas pluviais, inclusive na lixiviação de solo desprotegido;
  • Queda constante de folhas de árvores;
  • Fluxo muito alto no filtro UV, quando este já estiver presente ou tempo insuficiente em que fica ligado.
As sugestões para solucionar esse problema são:
  • Aumentar o número de plantas que absorvem os nutrientes que alimentariam as algas em suspensão e ainda proporcionam sombra ao ambiente;
  • Construir pergolados com ou sem plantas, plantar palmeiras ao redor do lago, usar plantas flutuantes, ou cobrir com ‘sombrite’ para equilibrar a luminosidade;
  • Redimensionar o filtro mecânico;
  • Adequar a quantidade de peixes ao tamanho do lago;
  • Alimentar de maneira controlada e com ração de qualidade. Considerando o sistema digestivo das carpas e kinguios, alimentar três vezes ao dia em quantidades que possam ser consumidas rapidamente, (cerca de 5 minutos), sem sobras;
  • Aumentar as trocas parciais da água para eliminar altos índices de amônia, nitritos, nitratos, etc.;
  • Aguardar de vinte a trinta dias até a introdução dos primeiros peixes que deve ser gradual;
  • Manter as bordas do lago levemente mais altas que o seu entorno para evitar entrada de detritos juntamente com águas pluviais e com o vento;
  • Proteger o lago ornamental da queda de folhas;
  • Instalar um filtro UV, verificar se sua potência e se o tempo em que fica ligado é suficiente, inclusive manter uma vazão coerente com o filtro (baixa vazão em torno de 1000 litros para um filtro de 15watts). É considerada uma das soluções a serem tomadas em último caso, uma vez que não detecta a razão do desequilíbrio.

Cuidados com as Crianças

 

A presença, mesmo que eventual, de crianças nas proximidades de um lago ornamental pode trazer dois problemas de grande importância:

Acidentes:
 
Para evitar acidentes com crianças, muitas vezes se faz necessário algum tipo de barreira física. Uma cerca, portão ou qualquer artifício que se mostrar necessário deverá ser construído logo na escavação do lago. Isso sem deixar de lado a explicação sobre o perigo de sua aproximação em um local com água quando estiverem sozinhas.


Objetos estranhos:
 
É comum as crianças jogarem em um lago ornamental comidas, pedras e muitos objetos que sequer imaginamos. Nesse caso, talvez o mais conveniente seja educá-las para evitar aborrecimentos. Explicar e mostrar as necessidades de alimentação dos peixes, inclusive incentivando-as a alimentá-los, talvez seja a melhor solução. 


Doenças:

 

Qualquer peixe, animal ou planta que seja introduzido em um lago ornamental deverá passar por um período de quarentena. Tal medida evita que sejam introduzidos parasitas e doenças. Um período de 20 a 30 dias é essencial, considerando que muitos parasitas têm um ciclo de vida que atravessa várias fases, inclusive larvais.
Caso algum peixe adoeça, é importante separá-lo em um “ambiente-hospital” sem muita claridade, sem filtros químicos e com bastante aeração. Nesse ambiente, deverá ser administrado o medicamento específico, sendo trocada metade da água por dia e repondo-se a medicação perdida nessa troca. A alimentação deve ser de boa qualidade, incluindo alimentação viva. Quando recuperados da doença, os peixes deverão ser devolvidos ao lago de origem.

Predadores:

 

Os predadores mais comuns em lagos ornamentais são os animais domésticos como gatos e algumas aves.
Para dificultar a captura de peixes pelos gatos nos lagos, pode-se: manter uma borda curvada para dentro (como em uma panela-de-pressão), que impede também a fuga de tartarugas de lagos; manter uma altura de 20cm entre a borda e o nível da água; ou ainda manter locais de refúgio como tocas e plantas flutuantes, o que parece ser ainda a melhor solução.
No caso de aves, os Bem-te-vis são visitantes constantes, mas eventualmente podem aparecer o Martim-pescador e mais  raramente alguma garça.

Há quem utilize algumas linhas estendidas sobre a superfície do lago para impedir essas visitas nem sempre desejadas. Essas linhas, mesmo que em número pequeno, impedem o vôo e a captura do peixe. Mas, como as linhas acabam prejudicando a estética do lago e nem sempre impedem a pesca dos Bem-te-vis, os locais de refúgio ainda são a melhor solução.

Qualidade da água:

 

Assim como nos aquários, um lago ornamental precisa ter monitorada a qualidade da água para eventuais correções. Os principais testes utilizados são os de pH, kH, amônia, nitritos e nitratos.
É conveniente também que, na decoração do fundo do lago, sejam evitadas pedras e pedriscos. Estes dificultam a limpeza do fundo conhecida como ‘sifonagem’ e acumulam detritos.
A ‘sifonagem’ é realizada por meio da sucção dos detritos decantados no fundo do lago. Pode ser efetuada mediante a introdução de uma das pontas de uma mangueira dentro da água, mantendo a outra ponta em algum local mais baixo, quando a água deverá sair por gravidade. Convém acoplar uma espécie de funil na ponta que fique dentro da água para uma melhor limpeza, sem capturar involuntariamente algum peixe. Caso não seja possível a ‘sifonagem’ por gravidade, esta poderá ainda ser realizada por meio de uma bomba de água que pode ser umas das utilizadas nos filtros.
As trocas parciais da água garantem a retirada das substâncias nocivas que a filtragem não consiga retirar. Devem ser realizadam com água sem cloro e com níveis de pH iguais ou próximos aos do lago. Os intervalos de tempo, assim como a quantidade a ser substituída deve ser determinada de acordo com as necessidades de cada lago que serão apontadas nos testes mencionados anteriormente (pH, kH, amônia, nitritos e nitratos).

Salto de peixes para fora do lago:

 

Mesmo que não muito freqüentes, os pulos de carpas para fora do lago são até certo ponto traumatizantes. É comum observarmos algumas delas dando saltos dentro do lago por motivos não específicos, mas, quando isso significa alguma baixa, todo esforço para impedir será bem-vindo.
A manutenção de uma distância de cerca de 20cm entre a borda e o nível da água não impede, de forma direta, que eles pulem para fora do lago, assim como as bordas curvadas para dentro também não. No entanto, tais medidas, juntamente com locais de refúgios, transmitem a sensação de segurança aos peixes que, nessa situação, dificilmente irão pular para fora. 

Conclusão:

 

Esses são os aconselhamentos que, de maneira resumida, podem ser úteis aos leitores. Cada lago, no entanto, é um sistema totalmente diferente de outro lago e, por isso, cada um deles tem suas necessidades específicas. Durante os primeiros meses de implantação e manutenção de um lago ornamental é que serão determinadas as suas necessidades e freqüência da intervenção.
Dessa forma, além do controle da qualidade da água, não há uma lista completa de procedimentos-padrão a serem seguidos e tampouco intervalos de tempo pré-determinados, mas sim, noções básicas que nortearão o estabelecimento das rotinas de manutenção durante todo o processo de criação. Os procedimentos necessários poderão ser anotados para melhor avaliação e conseqüente estabelecimento da rotina ideal.

CONSTRUÇÃO DO LAGO DE LONA

Lago de lona 
Continuando nossos estudos sobre lagos, neste artigo vamos tratar da construção do lago de lona, como visto anteriormente, este lago possui como grandes vantagens o fato de ser fácil de instalar, além de permitir grande liberdade de formatos.
Assim como o lago de alvenaria escavado, o lago de lona deverá possuir uma borda com cerca de 5 a 10 cm acima do solo para evitar a entrada de água da chuva carregada de impurezas diversas provenientes da lixiviação do solo.

Lago de lona

Após escavado o local, devidamente socado o solo e feita a limpeza, retirando pequenas pedras, galhos, raízes, etc., deve-se forrar o fundo e as laterais com cobertores velhos ou carpetes velhos ou ainda com bastante jornal molhado visando a evitar sua perfuração por pedras, galhos ou outro material qualquer que tenha permanecido (Fig 1 ). A forração do fundo pode ser substituída por uma camada de areia limpa e peneirada para garantir o assentamento da lona.
Existem lonas próprias para a confecção de lagos ornamentais que são resistentes à radiação solar e são conhecidas como geomembrana ou PEAD. Costumam ter a espessura entre 0,5mm a 2,0mm. Quando escolhidas as mais grossas, é importante aplicá-las em dias quentes, para que fiquem mais maleáveis para o correto assentamento.

Lago de lona

Outra lona muito usada é a lona plástica de carreteiro. Ela é relativamente resistente à radiação solar e aos rasgos, mas nem sempre tem espessura suficiente para impedir furos eventuais. Caso a lona escolhida não tenha a espessura desejada, é aconselhável usar uma segunda lona logo abaixo da que tenha resistência à radiação solar.
Na Figura 2, vemos a aplicação de uma lona de reforço que não possui resistência à radiação solar (lona preta).
E na Figura 3, vemos a aplicação da lona de carreteiro, mais resistente aos rasgos e à radiação solar.


Lago de lona

Para o devido assentamento da lona, colocam-se pedras nos cantos do fundo. Quando houver degraus ou variações de nível, também deverão ser colocadas pedras nesses locais para que a lona não saia do lugar enquanto será preenchido com água.
Assim como o lago de alvenaria precisa ter tubulações que permitam o encaminhamento da água para o filtro e uma saída para descarte de água, o lago de lona também tem as mesmas necessidades. Deve-se, no entanto, evitar fazer os drenos perfurando a lona. É preferível faze-los com mangueiras pelo lado de dentro, camuflando com pedras (Fig 4).
  

Lago de lona

Opcionalmente, para esconder as laterais do lago, inclusive quando a lona é colorida, pode-se empilhar pedras nas laterais e colocar uma camada de areia no fundo.
As pedras maiores precisam ser assentadas primeiro, como mostra a Figura 5. Deve-se ter o devido cuidado deixando livre a passagem das mangueiras pra o filtro, sem estrangula-las.
Após terminado e sem a necessidade de se usar cimento, cola ou qualquer adesivo, o lago se mostra muito natural (Fig 6).


Lago de lona 

Além da rapidez de construção, os lagos de lona têm o período de maturação da água muito mais acelerado dos que os de alvenaria. Têm ainda a vantagem de poderem ser removidos ou alterados.
No próximo capítulo sobre a qualidade da água, veremos detalhadamente como ocorre a maturação da água e como se conserva a sua qualidade para uma vida saudável dos peixes e das plantas do lago.





 

JARDIM BOM PRA CACHORRO





É possível amar os cães, dar-lhes liberdade e ainda curtir um bom paisagismo no seu jardim? Claro que é! Mas é preciso uma boa dose de paciência para educar os cachorros e um toque de criatividade para preparar um jardim amigável para os bichos. Com certeza você também terá que aprender a lidar com a frustração de ver seus canteiros vez por outra completamente destruídos, mas isso faz parte do processo. Prepare-se psicologicamente para estes eventos e mãos à obra. O texto abaixo está na forma de dicas, espero que você possa aproveitá-las. Se não todas, pelo menos algumas.
Se você tiver espaço, crie um jardim dentro de um jardim. Um espaço apropriado para o seu cachorro curtir o ar livre pode ser a solução para diverti-lo e ao mesmo tempo resguardar suas flores. Cerque uma área com sombra, com uma bela cerca de madeira ou ferro e inclua atrativos interessantes para o seu cachorro, como seus brinquedos favoritos, uma plataforma elevada para curtir a paisagem e quem sabe até uma mini pista de agility. Cubra a superfície com materiais atóxicos, como lascas de madeira, folhas secas ou até mesmo uma mistura de areia e terra, ideal para os peludos que gostam de cavar.


O cães adoram brincar com folhas e flores 
secas.
 
Não deixe os cães soltos no jardim sem supervisão, principalmente se forem jovens. Um canil pode ser uma boa idéia para resguardar o jardim enquanto você não pode supervisioná-los. Mas não os deixe trancados lá o dia todo, assim você não terá oportunidade de educá-los. Solte-os e brinque com eles no jardim sempre que puder. Os cães adoram correr ao longo das cercas, grades e portões, portanto reserve este espaço para eles, colocando algum tipo de pavimento para formar o caminho, ao invés de belos canteiros floridos. Ao plantar uma árvore ou arbusto, cerque-o com tela ou outro material de forma que ela tenha sossego durante os primeiros anos do seu crescimento. O mesmo vale para quando o seu cachorro teimar em não usar o caminho que você fez e inventar o seu próprio caminho. Observe, seja esperto e crie o caminho por onde o seu cão costuma passar. Delimitar os canteiros com cerquinhas de madeira, pedras e tijolinhos também podem ajudar a manter o interesse dos cães afastados dos seus canteiros de flores e hortaliças.


Brinquedos são excelentes para distrair os filhotes.
 
A pavimentação dos caminhos pode ser atrativa ou desinteressante para os cães. Bolachas de madeiras serão gostosas de caminhar, mas pedrisos podem incomodar as patinhas. Ao fazer um caminho no jardim, estimule seu cão a andar por ele, usando um pavimento agradável. O contrário também é válido. Um caminho desconfortável aos cães pode levar a um local que você não quer que eles visitem. Jamais aplique agrotóxicos em suas plantas se os cães tiverem livre acesso à elas. O mesmo vale para granulados contra lesmas ou formigas. Eles se assemelham à ração e podem ser extremamente tóxicos aos seu bichinho. O mesmo vale para fertilizantes naturais à base de mamona. Evite também utilizar farinha de ossos ou estercos mal curtidos pois estes produtos estimulam que se cãozinho revire a terra e assim ele poderá ingerir materiais perigosos.


Você pode usar belas cercas para separar áreas do jardim que não serão acessíveis aos cães.
 
Se você é adepto da compostagem, mantenha as pilhas longe do acesso dos cães. O material em decomposição muitas vezes contém inúmeras substâncias tóxicas, produzidas por fungos e bactérias. Não coloque produtos de origem animal ou restos de comida cozida na sua compostagem. Estes elementos exercem uma incrível atração sobre os cães. Evite utilizar plantas tóxicas no jardim, a não ser que estas fiquem fora do alcance dos animais. Guarde bem mangueiras, ferramentas e fertilizantes, pois mastigar ou ingerir estes produtos é extremamente perigoso. Da mesma forma, mantenha lagos e piscinas protegidos do acesso dos cães, que podem se afogar se por acaso caírem na água.


Uma cerca móvel também poderá ser usada como canil. Mantendo os filhotes bagunceiros longe das flores enquanto você não está olhando.

Tente não fazer jardinagem enquanto o seu cachorro estiver olhando. Folhas recém cortadas e terra revirada são um convite à brincadeira e ele não vai entender que você está trabalhando, cuidando das plantas, ao invés de estar simplesmente cavocando o jardim. Não dê idéias que podem se transformar em comportamentos desagradáveis de lidar depois. Se ainda assim o seu cachorro fizer uma bagunça no quintal, de nada adiantará puni-lo após o feito. Corrija-o apenas se você pegá-lo no ato. É mais interessante usar um reforço positivo, recompensando pelo bom comportamento. Sempre que o cão for pego fazendo algo indesejável, redirecione à sua atenção para algo bom. Na maior parte das vezes, os cães só fazem bagunça quando estão ociosos. Brinque com ele e ofereça brinquedos. Não os deixe por conta.


Cercar os canteiros com pedras ajuda a desencorajar escavações indevidas.

O gramado é umas das reclamações mais frequentes dos donos de cães. Manchas amareladas ou queimadas, ocasionadas pela urina dos cães é o pior problema. A urina é alcalina e contém sais que alteram o pH do solo. Infelizmente não há uma solução mágica para isso. O ideal é que você eduque seu cão desde pequeno a fazer xixi nos passeios diários ou em um banheiro apropriado para cães. Separando as coisas desde cedo, ele aprende que o gramado não é banheiro, mesmo sendo contra todos os instintos. Só libere o filhote no jardim depois dele ter feito as necessidades. Se o seu cachorro é mais velho e você não vê possibilidade de educá-lo agora, a melhor opção é irrigar bem a grama diariamente e se for possível, lavar imediatamente a área onde o animal urinou, antes que as efeitos da urina possam ser sentidos pela grama. Manter a grama saudável, hidratada e fertilizada com um bom composto orgânico, além de bem aparada, dá um nível de tolerância maior à urina dos cães. Uma tática que, apesar de desagradável, funciona bem para a grande maioria dos cães que destrói canteiros, é a utilização de uma calda com as próprias fezes do animal. Diluir as fezes e espalhar a calda sobre as plantas irá tornar o canteiro um local repelente para o cachorro, que costuma detestar as próprias fezes. A idéia também pode ser aplicada para cães que gostam de cavar. Colocar as fezes nos buracos irá desencorajar o cachorro que costuma cavar. Jamais utilize essa tática em hortaliças, pelo perigo de contaminação das verduras e legumes com doenças e verminoses.


Um jardim de vasos é uma opção interessante não só para pequenos espaços, como para quem tem cães.

Se nada der certo e o seu cachorro for implacável com as plantas, você ainda pode tentar ter um jardim só com vasos e jardineiras, com algumas cestas suspensas para um charme maior (e maior proteção). Plantas bulbosas são uma boa pedida também, pois tem o ciclo mais curto, não ficando à mercê dos cães o ano todo, além de rebrotarem após serem machucadas. Você vai ver que com o tempo, conforme seu cão for amadurecendo e apreendendo as regras da casa, a convivência entre plantas e animais ficará harmônica e agradável, não exigindo grandes esforços. Geralmente são os cães jovens, de até 3 anos, os mais destruidores. Você dificilmente verá um cachorro de 7 anos fazendo grandes bagunças no jardim. A paciência e a educação são fundamentais até alcançar estes momentos de paz.